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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mário Bortolotto (1962)


Mário Bortolotto (Londrina PR 1962). Autor, ator e diretor. Dramaturgo de personagens à margem da sociedade, Mário Bortolotto é o representante contemporâneo mais próximo ao universo do autor Plínio Marcos, de linguagem cáustica e direta. Com produção vasta e constante, Bortolotto marca presença no teatro paulista a partir de meados dos anos 1990.
Em 1982, Mário Bortolotto, Lázaro Câmara e Edson Monteiro Rocha fundam, em Londrina, o grupo de teatro Chiclete com Banana que, a partir de 1987, passa a denominar-se Cemitério de Automóveis. Nesse ano integra um ciclo de novos diretores no Madame Satã em São Paulo, participando ainda de vários festivais no país.
Em 1994 a equipe transfere-se para Curitiba, remontando alguns trabalhos: Uma Fábula Podre, Curta Passagem e Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet. Ainda em Curitiba estréiaVamos Sair da Chuva Quando a Bomba Cair e Cocoonings.
O lançamento de Leila Baby no Centro Cultural São Paulo, CCSP, 1996, marca a mudança do conjunto para a capital paulista; e, em 1997, estréia Medusa de Rayban, Será que a Gente Influencia o Caetano?, Postcards de Atacama Diário das Crianças do Velho Quarteirão, em 1998; e A Lua é Minha, em 1999, e Rolex-O Anti Velox , em 2000.
Em 1997, surpreende como ator em Santidade, texto de  José Vicente censurado na ditadura e, finalmente, colocado em cena por Fauzi Arap. Em 1999, está ao lado da atrizLeona Cavalli, em Disk Ofensa Linha Vermelha, de Pedro Vicente, direção de Nilton Bicudo.
Além de teatro, seu grupo passa a produzir também livros, CDs e filmes de curta metragem. Edita o jornal Urbano, divulgando teatro, música e literatura, trabalhos dos integrantes e amigos (livros, CDs, fitas demo, histórias em quadrinhos, filmes, fanzines, etc.).
Medusa de Rayban ganha prêmios e catapulta a presença do grupo em São Paulo. Sobre este texto, comenta a pesquisadora Sílvia Fernandes: "[...] Mas talvez seja Mário Bortolotto quem mais se aproxime, em Medusa de Rayban, de um hiper-realismo no retrato da classe média baixa, assumindo influências de Charles Bukovski e Sam Shepard, associadas a automatismos de comportamento de assassinos de aluguel, bêbados e artistas frustrados, resgatados de um mundo que o dramaturgo conhece bem, e talvez seja o mais próximo do universo dramático de Plínio Marcos".
Em 1999, em Londrina, estreiam Efeito Urtigão e Felizes para Sempre, texto e direção de Mário Bortolotto.
Em outubro de 1999 apresentam no Sesc Bauru o evento Beat Cemitério, uma jam poética sobre a literatura beat tendo como convidados os escritores Antônio Bivar, Reinaldo Moraes e Ademir Assunção (editor da revista Medusa).
Em 2000 a atriz Fernanda D'Umbra produz a Mostra Cemitério de Automóveis: quatorze espetáculos que permanecem em cartaz entre julho e outubro no Centro Cultural São Paulo - CCSP. A mostra rende a Mário Bortolotto o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Artes - APCA, de melhor autor do ano de 2000 pelo conjunto da obra, e o Prêmio Shell de melhor autor por Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet, em 2001.




Fonte: Itau Cultural

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