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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cinco sem Lona

Grupo circense formado em São Bernardo do Campo, de oficinas oriundas de um projeto Chamado Juventude Cidadã, está em atividade desde 2009.
Os integrantes do grupo estudam artes circenses em geral como, Palhaço, Malabares, Trapézio, Lira, Diabolô entre outras técnicas. Estão em cartaz com o espetáculo "Em busca do quinto elemento".



O Espetáculo - Em Busca do Quinto Elemento


Quatro Artistas criam uma trupe e resolvem registra-la, porém ocorre uma confusão entre os nomes, ela é registrada como Cinco sem lona, mas a trupe tem apenas quatro integrantes. A partir desse erro os integrantes começam a procurar mais uma pessoa para integrar o grupo, entretanto até isso se concretizar eles passam por muitas confusões dentro da magia do circo. O espetáculo é uma mistura da tradição com a contemporaneidade das artes circenses.









Critica


Eu não assisti a todas as apresentações do grupo Cinco sem lona, mas posso dizer que assisti a primeira e algumas outras no decorrer das atividades, processos e mudanças que estavam passando. Hoje posso dizer com convicção que vejo uma transformação muito gratificante e edificante nas técnicas e estrutura do grupo. Pois tiveram iniciativa de buscar objetivos e principalmente acreditar que podiam montar um espetáculo circense ao qual almejavam. Desculpem-me o termo, mas esse fato é pra calar a boca de muita gente que não acreditou, desdenhou, ou simplesmente menosprezou por capricho esse projeto, de que é possível lutar por algo transformador não apenas no palco, mas internamente, que nos faça ter o prazer de levantar da cama e ter a sensação de algo bem construído quando voltamos a ela. Como dizem: "Não existe um papel pequeno, mas sim atores pequenos." Posso dizer: "Não existe grupos pequenos, mas sim mentes medíocres que não acreditam que é possível seu próprio sucesso, ou o sucesso do próximo."

Ficha Técnica


Espetáculo: Em Busca do Quinto Elemento
Dramaturgia: Grupo Cinco sem Lona
Direção: Grupo Cinco sem Lona
Personagens:
Mestre de Cerimonias: Dudu do circo
Perna de Pau: Helio Costa
Boneca: Carol Manalischi
Palhaça: Meyre Castro
Vidente: Hélio Costa
Malabarista: Dudu do Circo
Produção: Grupo Cinco sem lona
Duração: 50 minutos.

Fonte:

Textos: Grupo Cinco sem Lona
Critica: Igor Erbert
Fotos: Igor Erbert

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Atlântica a Menina da Floresta


Atlântica a Menina da Floresta é mais um texto do Grupo SodaClowstica, onde não só retrata a importância da Mata Atlântica como a situação crítica em que ela se encontra, hoje ela é o segundo Ecossistema mais ameaçado do Planeta. A dramaturgia conta a história desse Ecossistema desde a chegada dos Portugueses ( O Descobrimento) até os dias atuais, dos grandes desmatamentos. Nesse texto utilizamos a linguagem de teatro de rua, utilizando vários acessórios para exemplificar cada trecho de nossa história. Inicialmente e texto foi criado para ser apresentado no mês do meio ambiente (Junho) deste ano, e agora pela procura será apresentado no decorrer do restante desse ano.

Critica


Parece meio utópico dizer que todos um dia vão ter uma consciência de que nossos recursos são finitos, e que dependemos dele para sobrevivência nossa, de nossos filhos e netos, e é. Tudo parte de ações simples e de nós mesmos, porque o que adianta dizer que se preocupa, ter discursos e mais discursos na ponta da língua, e ainda continuar jogando bitucas de cigarro no chão. Parece pouco, mas não é.Pois isso se chama atitude, e enquanto não tivermos isso, que é o mínimo, há uma grande possibilidade das futuras gerações só saberem o que é um rio limpo, através das paginas frias de um livro.














Ficha Técnica:

Espetáculo: Atlântica a Menina da Floresta
Dramaturgia: Igor Erbert
Direção: Igor Erbert
Personagens: Atlântica
                     Mendigo
                     Indio
                     Portugueses
                     Escravos
                     Capataz
                     Operarios
                     Médicos
Produção: Grupo SodaClowstica
Duração: 40 minutos

Fonte:


Texto: Igor Erbert
Fotos: Nilson

sábado, 20 de agosto de 2011

SodaClownstica

Somos um grupo formado pelas oficinas de São Bernardo do Campo.Os integrantes do grupo já fizeram aulas de teatro, musica, dança e artes circenses. Nosso grupo tem o cunho de falar sobre algo que está ao nosso redor, e muitas pessoas não dão importância, o MEIO AMBIENTE. De inicio nós utilizamos a linguagem do Clown (Palhaço) para falar sobre o a importância da reciclagem em parques da cidade e escolas. Com o decorrer do processo começamos a utilizar também a linguagem de rua, o teatro de rua, desvinculando do Clown, mas sem que perdesse o foco que temos que  é o Meio Ambiente. O primeiro trabalho que fizemos foi a peça chamada, "Uma História em Ré, Ré , Ré" (Reciclagem, Reutilização e Redução).Abordamos de uma maneira simples e acessível a linguagem da reciclagem utilizando músicas para que atinja desde crianças até adultos.

Uma História em Ré, Ré, Ré


























































Ficha Técnica


Espetáculo: Uma História em Ré, Ré, Ré
Dramaturgia: Grupo SodaClownstica
Direção: Igor Erbert
Personagens: Empresario
                     Inventor
                     Varredor
                     Ambientalista
Produção: Grupo SodaClowstica
Duração: 40 Minutos

Fonte:

Texto - Igor Erbert
Fotos - Nilson

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mário Bortolotto (1962)


Mário Bortolotto (Londrina PR 1962). Autor, ator e diretor. Dramaturgo de personagens à margem da sociedade, Mário Bortolotto é o representante contemporâneo mais próximo ao universo do autor Plínio Marcos, de linguagem cáustica e direta. Com produção vasta e constante, Bortolotto marca presença no teatro paulista a partir de meados dos anos 1990.
Em 1982, Mário Bortolotto, Lázaro Câmara e Edson Monteiro Rocha fundam, em Londrina, o grupo de teatro Chiclete com Banana que, a partir de 1987, passa a denominar-se Cemitério de Automóveis. Nesse ano integra um ciclo de novos diretores no Madame Satã em São Paulo, participando ainda de vários festivais no país.
Em 1994 a equipe transfere-se para Curitiba, remontando alguns trabalhos: Uma Fábula Podre, Curta Passagem e Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet. Ainda em Curitiba estréiaVamos Sair da Chuva Quando a Bomba Cair e Cocoonings.
O lançamento de Leila Baby no Centro Cultural São Paulo, CCSP, 1996, marca a mudança do conjunto para a capital paulista; e, em 1997, estréia Medusa de Rayban, Será que a Gente Influencia o Caetano?, Postcards de Atacama Diário das Crianças do Velho Quarteirão, em 1998; e A Lua é Minha, em 1999, e Rolex-O Anti Velox , em 2000.
Em 1997, surpreende como ator em Santidade, texto de  José Vicente censurado na ditadura e, finalmente, colocado em cena por Fauzi Arap. Em 1999, está ao lado da atrizLeona Cavalli, em Disk Ofensa Linha Vermelha, de Pedro Vicente, direção de Nilton Bicudo.
Além de teatro, seu grupo passa a produzir também livros, CDs e filmes de curta metragem. Edita o jornal Urbano, divulgando teatro, música e literatura, trabalhos dos integrantes e amigos (livros, CDs, fitas demo, histórias em quadrinhos, filmes, fanzines, etc.).
Medusa de Rayban ganha prêmios e catapulta a presença do grupo em São Paulo. Sobre este texto, comenta a pesquisadora Sílvia Fernandes: "[...] Mas talvez seja Mário Bortolotto quem mais se aproxime, em Medusa de Rayban, de um hiper-realismo no retrato da classe média baixa, assumindo influências de Charles Bukovski e Sam Shepard, associadas a automatismos de comportamento de assassinos de aluguel, bêbados e artistas frustrados, resgatados de um mundo que o dramaturgo conhece bem, e talvez seja o mais próximo do universo dramático de Plínio Marcos".
Em 1999, em Londrina, estreiam Efeito Urtigão e Felizes para Sempre, texto e direção de Mário Bortolotto.
Em outubro de 1999 apresentam no Sesc Bauru o evento Beat Cemitério, uma jam poética sobre a literatura beat tendo como convidados os escritores Antônio Bivar, Reinaldo Moraes e Ademir Assunção (editor da revista Medusa).
Em 2000 a atriz Fernanda D'Umbra produz a Mostra Cemitério de Automóveis: quatorze espetáculos que permanecem em cartaz entre julho e outubro no Centro Cultural São Paulo - CCSP. A mostra rende a Mário Bortolotto o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Artes - APCA, de melhor autor do ano de 2000 pelo conjunto da obra, e o Prêmio Shell de melhor autor por Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet, em 2001.




Fonte: Itau Cultural

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Palco Aberto

Palco Aberto é o nome dado a uma manifestação artística que acontece na Cidade de São Bernardo do Campo, houve uma época que também se procedeu na cidade de Santo André. Ocorre em períodos esporádicos, hoje em dia o local em que recebe essa manifestação artística é o Parque Cidade-Escola da Juventude Città Di Marostica, no centro de SBC.


O que acontece nessa Manifestação?


Inicialmente uma variedade de números circenses de artistas oriundos não apenas de SBC, mas também de outros municípicos e Grande São Paulo. Hoje acontece também apresentações, números de teatro, dança, poesia, música entre outras diversas criatividades de que os artistas utilizam.


Estrutura do Palco Aberto


A primeira parte é aberta ao publico, ou seja, quem tiver algum número ou qualquer tipo de manifestação pode apresenta-lo(a). Não precisa ser necessariamente apenas artistas do local, mas qualquer pessoa que estiver presente.
A Segunda parte é mais fechada, pois só apresentará artistas com seus respectivos números ou apresentações que foram convidados ou que solicitaram presença previamente.


Palco Aberto que ocorreu no dia 29 de Março de 2011
























Fotos & Texto: Igor Erbert

segunda-feira, 28 de março de 2011

Hilda Hilst (1930 – 2004)



"Penso linhos e ungüentos
Para o coração machucado de Tempo.
Penso bilhas e pátios
Pela comoção de contemplá-los.
(E de te ver ali
À luz da geometria de teus atos)
Penso-te
Pensando-me em agonia. E não estou.
Estou apenas densa
Recolhendo aroma, passo
O refulgente de ti que me restou."


                                            Hilda Hilst


Hilda Hilst nasceu na cidade de Jaú, interior do Estado de São Paulo, no dia 21 de abril de 1930, filha única do fazendeiro, jornalista, poeta e ensaísta Apolônio de Almeida Prado Hilst e de Bedecilda Vaz Cardoso. Com pouco tempo de vida, seus pais se separaram, o que motivou sua mudança, com a mãe, para a cidade de Santos. Seu pai, que sofria de esquizofrenia, foi internado num sanatório em Campinas, tendo nessa época 35 anos de idade. Até sua morte passou longos períodos em sanatórios para doentes mentais.
Foi para o colégio interno, Santa Marcelina, na cidade de São Paulo, em 1937, onde estudou por oito anos. No ano de 1945 matricula-se no curso clássico da Escola Mackenzie, também naquela cidade. Morava, nessa época, num apartamento na Alameda Santos, com uma governanta de nome Marta.
Em 1946, pela primeira vez, visitou o pai em sua fazenda em sua cidade natal, Jaú.   Em apenas três dias, no pouco tempo que passou com ele, perturbou-se com sua loucura. Em "Carta ao Pai" diz a biografada:
"Só três noites de amor, só três noites de amor", implorava o pai, sim, o pai, ele nunca fizera uma coisa como essa, sim, era Jaú, interior de São Paulo, um dia qualquer de 1946, sim, a filha deslumbrante, tremendo em seus 16 anos, sim, o pai a confundia com a mãe, a mão dele fechada sobre a dela, sim, o pai a confundia com a mãe.
Por imposição da mãe, internada no mesmo sanatório em Campinas onde estivera seu pai, casa-se com Dante Casarini, em 1968. Escreve as peças "O visitante", "Auto da barca de Camiri", "O novo sistema" e "As aves da noite". "O visitante" e "O rato no muro" são encenadas no Teatro Anchieta, em São Paulo, para exame dos alunos da Escola de Arte Dramática, sob direção de Terezinha Aguiar. 
Em 1969 escreve "O verdugo" e "A morte do patriarca". A primeira recebe o Prêmio Anchieta. 
A peça "O novo sistema" é encenada em São Paulo, no Teatro Veredas, pelos Grupo Experimental Mauá (Gema), sob a direção de Terezinha Aguiar. Baseando-se nos experimentos do pesquisador sueco Friedrich Juergenson relatados no livro "Telefone para o além", Hilda Hilst iria se dedicar, ao longo desta década que se iniciava, à gravação, através de ondas radiofônicas, de vozes que, assegurava, seriam de pessoas mortas. No mesmo período anunciou a visita de discos voadores à sua fazenda.
Poeta, dramaturga e ficcionista, Hilda Hilst escreveu há quase cinqüenta anos, tendo sido agraciada com os mais importantes prêmios literários do país. Alguns de seus textos foram traduzidos para o francês, inglês, italiano e alemão.
Hilda Hilst faleceu em Campinas no dia 4 de Fevereiro de 2004.


Autoria para o Teatro



● 1967 – A Promessa
● 1967 – O Rato no muro
● 1968 – O Visitante
● 1968 – O auto da barca de Camiri
● 1968 – O novo Sistema
● 1968 – Aves da Noite
● 1969 – O Verdugo
● 1969 – A morte de Patriarca


"Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas descomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sôfrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer."

                                                                        Hilda Hilst



Referências: Releituras.com/ Hilda Hilst
                   http://www.angelfire.com/ri/casadosol/hhilst.html

Teatro do centro da terra (2001)

Platéia


O Teatro do Centro da Terra, situa-se a doze metros abaixo da superfície terrestre. Foi inaugurado no dia 3 de setembro de 2001, após dez anos de obras e escavações no quarto e quinto subsolos de um edifício, no bairro do Sumaré. Seu nome vem da sua localização subterrânea e é, também, uma homenagem ao espetáculo Viagem ao Centro da Terra realizado, em 1992, pela Kompanhia Teatro Multimidia de São Paulo.
Além da sala de apresentações equipada para atender um público de cem pessoas, o Centro da Terra ocupa os quatro andares superiores do edifício com salas de ensaios e atividades diversas dos seus núcleos de pesquisa (interpretação, dramaturgia e montagem). Desenvolve, também, crescente atividade didática.

Escavação




Sem Poltronas
























Fonte: Site Teatro do Centro da Terra

Kompanhia do Centro da Terra (1989)

Crédito: Joo Caldas/ Hilda Hilst

Em 1989 é fundada a Kompanhia de centro da terra, sob o nome Kompanhia Teatro Multimídia de São Paulo.
Ainda no mesmo ano produz a peça 525 LINHAS de Marcelo Rubens Paiva. Direção de Ricardo Karman, com os atores Francisco Carvalho, Yunes Chami, Lulú Pavarin, Luis Bachielli e Ana Ferreira, entre outros. Otávio Donasci ganhou o prêmio Lei Sarney de Multimídia por sua participação especial na peça com o projeto Video-Vivo. A partir deste trabalho formou-se a dupla Karman e Donasci. Este espetáculo foi um dos precursores na utilização cênica dos novos suportes multimídia, em São Paulo.Participação em 1990 da 21ª Bienal de São Paulo com o projeto internacional REFLUX–ARTE E TELECOMUNICAÇÃO do artista multimídia Artur Matuck. Neste caso a experiência era a comunicação mediada inter-humanos entre cinco pontos do planeta e a transmissão de imagens por computadores pela antiga Bitnet uma espécie de avó da internet atual. As mídias foram: computador, video-phone e, o então recém-chegado, fax.

Espetáculos

● 1989 – 525 linhas
● 1990 – O Santo e a Porca
● 1992 – Viagem ao centro da terra (1º Expedição Experimental Multimídia)
● 1995 – A Grande viagem de Merlin (2º Expedição Experimental Multimídia)
● 1996 – A Grande viagem de Marathon
● 1997 – Em busca da Fonti da Fortuna.
● 2000 – Remontagem do espetáculo o Santo e a Porca.
● 2001 – Remontagem do espetáculo Viagem ao centro da terra.
● 2005 – O Ilha do Tesouro
● 2005 – Hidro-video-instalação SOBRE-VIVENTES
● 2006 – Instalação Penetrável Corpo D’água
● 2007 – O Kronoscópio
● 2007 – Instalação aero-cinética Pneuma
● 2009 – Aguáh – O espírito das águas
● 2009 – Hild Hillst, O espírito da coisa
● 2010 - Teatrokê


O que é Expedição Experimentação Multimídia?

Produções utilizando experimentações multimidia em espetáculos. Um exemplo dessa experimentação é o espetáculo chamado A Grande Viagem de Merlin, com um percurso de 130 km entre São Paulo e Jundiaí, e duração de 5 horas. Este espetáculo envolveu a participação de 40 atores, uma carreta multimídia (veículo especialmente adaptado em que o público era transportado), um ônibus, 3 carros e uma ambulância de apoio. As cenas aconteciam em vários espaços: numa agência de turismo fictícia instalada na Av. Sumaré, na carreta multimídia, no Aterro Sanitário dos Bandeirantes, no Teatro Politheama em Jundiaí e a beira de uma Lagoa na serra do Japi, também em Jundiaí.

Sobre o espetáculo Hilda Hilst, o espírito da coisa

Hilda Hilst, escritora ímpar de lúcida irreverência, humor e crítica impiedosa das agruras humanas e sua comiseração pela fragilidade e desatinos próprios da espécie. A partir de sua obra — prosa, poesia e dramaturgia — e entrevistas, é levada ao palco a voz da poetiza, pensadora e contadora de histórias. O espetáculo é um mergulho nas inquietações da alma humana e nos universos físico, psíquico, erótico, metafísico, religioso e filosófico. 


Fonte: Site da Kompanhia Centro da Terra
            SESI Santo André

quarta-feira, 23 de março de 2011

Centro Teatral e Etc e Tal (1993)

Crédito: Gabriel Ricardo - (Maior Menor Espetáculo da Terra)

Formado pelos atores Marcio Moura, Melissa Teles-Lôbo e Alvaro Assad, que dirige os espetáculos, o Centro Teatral e Etc e Tal se caracteriza pela técnica da mímica. Ele cria seus próprios textos na pesquisa de junção entre a precisão gestual e o humor da comédia popular.
Fundado no Rio de Janeiro, em 1993 pelo ator e mímico Alvaro Assad, que inicia sua carreira como assistente de direção de Luís de Lima, o Centro se dedica à 'pantomima literária', que conjuga mímica e narração. Os primeiros espetáculos, concebidos e dirigidos por Assad, são Enrola e Desenrola, 1993; Palavras do Silêncio, 1994; e Festival de Pantomima Literária, 1995, apresentados em eventos literários e teatrais.

Espetáculos

● 1993 - Rio de Janeiro RJ - Enrola e Desenrola 
● 1994 - Rio de Janeiro RJ - Palavras do Silêncio 
● 1995 - Rio de Janeiro RJ - Festival de Pantomima Literária 
● 1998 - Rio de Janeiro RJ - João Mata 7 
● 1999 - Curitiba PR - Fulano e Sicrano 
● 2001 - Rio de Janeiro RJ - Victor James 
● 2002 - Rio de Janeiro RJ - O Macaco e a Boneca de Piche 
● 2004 - Rio de Janeiro RJ - No Buraco 
● 2006 - Rio de Janeiro RJ - ¿Branca de Neve? 
● 2011 - 2011 - São Paulo SP - Draguinho - Diferente de Todos, Parecido com Ninguém (2011 : São Paulo, SP)


Espetáculo da Foto - O Maior Menor Espetáculo da Terra


O mais novo espetáculo desse trio, que utiliza mímica, manipulação de objetos e ainda aborda o universo circense, mais precisamente o universo do circo de pulgas, isso mesmo, Pulgas! Apesar de este estilo de arte ter caído em desuso no decorrer dos séculos, ele ainda pode encantar a quem assiste e quem acredita que a arte do palco pode acontecer. Honestamente apesar deles não utilizarem pulgas nenhuma, a mímica e a manipulação de objetos que esse grupo faz é tão sincronizada, que eles nos fazem acreditar que realmente ali existe as pulgas que eles tanto mencionam. Vale apena conferir, quem tiver a oportunidade vai gostar!!!


Fonte: Itaú Cultural

segunda-feira, 7 de março de 2011

Teatro Popular União e Olho Vivo (1973)

Voltemos um pouquinho no tempo. Atendendo já a pedidos de minha querida amiga Senhorita Kill, vulgo Queila com Q, isso mesmo com Q, taí um pouco do Teatro Poular União e Olho Vivo.


Grupo independente dedicado à arte popular e à produção de espetáculos para circuito de periferia; nasce no ambiente universitário e agrega grande número de participantes originários das classes populares.
Formado como Teatro do Onze, no Centro Acadêmico 11 de Agosto da Faculdade de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo, USP, em 1970, com a encenação de O Evangelho Segundo Zebedeu, direção de Silnei Siqueira para um musical de César Vieira -  seu principal líder desde então -, utiliza um circo montado no Parque Ibirapuera nas suas apresentações. Remanescentes dessa primeira experiência fundem-se com outros, originários do Grupo Casarão, para a montagem seguinte, Rei Momo, espetáculo concebido como desfile de escola de samba, em 1973. O afastamento da instituição universitária e a denominação União e Olho Vivo ocorrem nesse período e marca a itinerância como seu perfil mais proeminente. Entre os mais antigos participantes estão César Vieira (Idibal Almeida Pivetta, advogado), Neriney Evaristo Moreira, José Maria Giroldo e Ana Lúcia Silva. Na época, dezenas de integrantes já circularam pelo grupo e não é raro integrarem à trupe espectadores mais empolgados que decidem acompanhá-la.
Em 1978, lançam Bumba Meu Queixada, novo texto supervisionado por César Vieira estruturado sobre folguedo do boi-bumbá que tem a greve como tema. Somente em 1984 surge Morte aos Brancos - A Lenda de Sepé Tiaraju, ambientado nas Missões e enfocando o massacre dos índios guarani em episódio histórico de resistência cultural. Barbosinha Futebó Crubi - Uma História de Adonirans desenvolve-se em torno do futebol e do ambiente musical do compositor Adoniran Barbosa, lançado em 1991. Um novo trabalho, em 1996, Us Juãos e Os Magalis desenrola-se em torno de uma revolta popular ocorrida na Bahia no período da colonização. Em 2000 estréia A Revolta da Chibata, que destaca o negro João Cândido como herói popular.
Além do teatro, o União e Olho Vivo dedica-se à música, com diversos shows no seu repertório. Percorre, na sua longa existência, um sem-número de locais na periferia de São Paulo e em municípios próximos; apresenta-se em locais como sindicatos, salões paroquiais, quadras de escolas de samba, escolas, praças públicas e outros. Muitas viagens para o exterior e participações em festivais tornam a iniciativa conhecida, quer na Europa, quer na América Latina, amealhando prêmios e distinções.
Ao avaliar a situação do grupo, o crítico Oswaldo Mendes assinala: "Das experiências que vem sendo realizadas de um teatro de periferia (urbana e econômica) uma das mais significativas é a do Teatro União e Olho Vivo. Um grupo que se disponha a fazer teatro popular precisa carregar a crença no trabalho em si, com todas as dificuldades de se manter à margem ou apesar dos auxílios e colaborações que recebe. (...) E sua importância está no quase anonimato com que presta um dos serviços mais urgentes não apenas para o teatro mas para toda nossa periferia urbana e econômica, propositadamente marginalizada do processo cultural”.
Com freqüência recorrendo ao folclore para ambientar enredos, o grupo procura evidenciar um foco de conflito entre o povo e elites governantes, com a marcação de contrapontos e a sugestão de organização popular como alternativa de sobrevivência. Desenvolve técnicas de criação coletiva (aqui chamadas de trabalho coletivo), cria uma estética própria e de assegurada comunicação com suas platéias.
O crítico Jefferson Del Rios destaca a segurança artística do conjunto: "O grupo União e Olho Vivo, ao longo de uma década, depurou seus meios expressivos, descobriu soluções práticas para um teatro materialmente pobre. O resultado é visível na comunicação imediata com a platéia. Todos os encantos circenses-teatrais estão presentes: cores, roupas, truques; e a eles se acrescenta a visão crítica da sociedade. A sutileza na discussão de igual para igual com o espectador. O Teatro União e Olho Vivo faz intervenção artística e política amadurecida, bonita e comovedora”.

Espetáculos

● 1967 - São Paulo SP - Corinthians, Meu Amor
● 1973 - São Paulo SP - O Evangelho Segundo Zebedeu
● 1973 - São Paulo SP - Rei Momo
● 1978 - São Paulo SP - Bumba, Meu Queixada
● 1981 - São Paulo SP - América, Nossa América
● 1984 - São Paulo SP - Morte aos Brancos - A Lenda de Sepé Tiaraju
● 1991 - São Paulo SP - Barbosinha Futebó Crubi - Uma História de Adonirans
● 1996 - São Paulo SP - Os Juãos e Us Magalís - Uma Chegança de Marujos
● 1999 - São Paulo SP - O IPTU que Apita
● 2000 - São Paulo SP - Brasil Quinhentão!??
● 2001 - São Paulo SP - João Cândido do Brasil - A Revolta da Chibata





Fonte: Itaú Cultural

Luís Alberto de Abreu (1952)

Luís Alberto de Abreu (São Bernardo do Campo SP 1952). Dramaturgo. Dotado de grande inventividade, transita com desenvoltura entre temas, estilos e proposições cênicas, representante da tendência de escrever em colaboração junto a grupos e encenadores .
Após formar-se em jornalismo, Luís inicia-se no teatro na região do ABC paulista, integrando grupos amadores. Seu primeiro texto, lançado em circuito profissional é Foi Bom, Meu Bem?, direção de Ewerton de Castro para o Grupo de Teatro Mambembe, em 1980. O mesmo conjunto encena, no ano seguinte, Cala Boca já Morreu, com direção de Ednaldo Freire. Já aqui se exprime um traço de sua personalidade criadora: a criação coletiva, escrevendo próximo às opiniões, sugestões ou discussões com as equipes. Em 1982, com Bella Ciao, texto sobre a saga da imigração italiana e o movimento anarquista no Brasil, com encenação de Roberto Vignati, Abreu atinge a maturidade no domínio expressivo, amplamente reconhecido pela crítica. Em Círculo de Cristal envereda por um diálogo intimista entre duas mulheres; e com Sai da Frente que Atrás Vem Gente, direção de Mário Masetti, realiza um musical satírico.
Em 1985, Osmar Rodrigues Cruz encomenda-lhe O Rei do Riso, musical que recebe grande produção no Teatro Popular do Sesi, TPS, centrado sobre a vida do ator Vasques. Escreve, a seguir, Lima Barreto, ao Terceiro Dia, uma de suas mais sólidas criações, fundindo os planos da memória, do passado e da ficção ao abordar a vida e a obra do discutido escritor modernista. A complexidade estilística da peça faz com que ela só chegue aos palcos dez anos depois, numa encenação de Aderbal Freire Filho, efetivada em 1995.
Convidado a ser dramaturgo residente do Centro de Pesquisa Teatral, CPT, Abreu ali escreve dois textos: Rosa de Cabriúna, em 1986, dirigido por Márcio Medina, abordando temas e personagens nordestinos, e Xica da Silva, encenado por Antunes Filho em 1988, ambos em espetáculos não inteiramente bem-sucedidos. Em 1990 produz uma ambiciosa versão tropical da Divina Comédia, denominada A Guerra Santa. A encenação barroca de Gabriel Villela, destacando Beatriz Segall como protagonista, estréia em 1993 no London International Festival of Theatre, LIFT. Em 1992, escreve O Rei do Brasil, livre invenção de mitos e figuras da história paulistana, irreverente contraste com os tempos contemporâneos.
Com Ednaldo Freire e a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes, o dramaturgo participa de um sólido projeto de comédias, primariamente destinado a um circuito de trabalhadores e sindicatos, mas que encontra, nos teatros comerciais, ampla receptividade. Pesquisando as raízes da comicidade brasileira, desde Martins Pena a Artur Azevedo, com aportes na commedia dell'arte e Mikhail Bakthin, Abreu elabora textos dotados de alta comunicabilidade: Ladrão de Mulher, 1987; O Parturião, 1995; O Anel de Magalão, 1995; Burundanga ou A Revolução do Baixo Ventre, 1996; Iepe, 1998; Till Eulenspiegel, 1999; e Nau dos Loucos, 2000; as três últimas aproveitando lendas européias.
Em 1995 empreende, juntamente com o Teatro da Vertigem de Antônio Araújo, uma adaptação cênica para o episódio bíblico do O Livro de Jó. A montagem, realizada num hospital, transmite toda a dor e angústia do homem contemporâneo frente às pestes que não consegue controlar, sucumbido a um poder maior. Saudada no Brasil e no exterior, a montagem consagra definitivamente o autor.
Para o grupo Zabelê, produz Bar, Doce Bar, em 1996, reunião de um grupo de amigos de diferentes idades que refletem sobre suas relações com as mulheres, atingindo ótimos resultados.
Em 2002 surge nova dobradinha do dramaturgo com o diretor Ednaldo Freire. Para a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes escreve Auto da Paixão e da Alegria, texto que reconta a universal história da morte e ressurreição de Cristo sob a perspectiva da cultura popular, espetáculo de grande repercussão. No mesmo ano, encena A Nau dos Loucos - Stultífera Navis, sobre o barco que, no Renascimento, recolhe os loucos das aldeias, mantendo-os trancafiados e à deriva, com o objetivo de "purificá-los”.
Em 2003 faz a dramaturgia para o diretor Luis Carlos Vasconcellos em Porti-Nari: A Ópera, uma incursão na infância do famoso pintor, e escreve, especialmente para o ator Antonio Petrin, Merlin, uma releitura do mito, com direção de Roberto Lage.
Alguns inéditos e textos mais circunstanciais completam o rol das criações de Luís Alberto de Abreu até o momento, dentro de uma produção constante que o destaca como um dos mais expressivos artistas de sua geração.
Luis Alberto de Abreu é também um difusor do ensino e sistematização da dramaturgia, tendo sido um dos idealizadores da Escola Livre de Teatro de Santo André, em 1991, no qual segue como um dos professores, coordenando o núcleo de dramaturgia. Também colabora em cinema, é co-autor do roteiro de Kenoma, 1998, com a diretora Eliane Caffé, dupla que retorna em Os Narradores de Javé, 2004.
Para o crítico Alberto Guzik: "Luís Alberto de Abreu é dos poucos dramaturgos que têm resistido ao esmagador predomínio do visual no teatro. Produz um teatro crítico, apoiado no racionalismo, onde as idéias levam a melhor sobre as formas. E, apesar dessa opção pouco 'moderna', tem sido encenado com mais freqüência que a maioria de seus colegas. Rei do Brasil, como todos os outros textos de Abreu, resultou de um longo processo de elaboração e pesquisa. Situações e personagens tem um vigor que falta a outros dramaturgos da geração anterior do escritor”.

Autoria

● 1987  - Ladrão de Mulher
● 1988  - Xica da Silva
● 1990  - O Homem Imortal
● 1992  - O Rei do Brasil
● 1992 – Grande Sertão
● 2004  - Eh, Turtuvia!
● 2004  - Till Eulenspiegel
● 2006  - Memória das Coisas
● 2007 – Západ – A tragédia do poder
● 2007 – Lúdico circo da memória




Fonte: Itaú Cultural