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sexta-feira, 4 de março de 2011

Década de 30


Ponte da Boa Esperança

O que acontecia?

Teatro no Brasil    


Nas décadas de 30 e 40 predominavam, no teatro brasileiro, espetáculos humorísticos centrados em um ator principal, valorizado por sua capacidade de comunicação direta com o público e suas habilidades de improvisador. O ator era, em geral, o dono da companhia e sua principal atração. Procópio Ferreira, Jaime Costa e Dulcina de Morais são exemplos.
Em 1938 é lançado no Rio de Janeiro (RJ) o Teatro do Estudante do Brasil, concebido e dirigido por Paschoal Carlos Magno e com um elenco constituído de universitários. A primeira montagem é Romeu e Julieta, de Shakespeare, protagonizada por Paulo Porto e Sônia Oiticica, com direção de Itália Fausta.



Procópio Ferreira (1898 - 1979)


Narigudo, baixinho e sem pescoço, o antigalã interpreta não apenas os principais coadjuvantes cômicos, como, com seu lugar de primeiro ator do teatro brasileiro de seu tempo, leva os autores a escreverem inúmeras peças para um protagonista interpretado no melhor estilo Procópio: o cômico inteligente que arma confusões, o feioso esperto que termina com a moça bonita. Dono de uma riqueza vocal rara, que ele usa nas mínimas nuances, o ator dá vida a cerca de 500 personagens.
É o primeiro e absoluto ator de sua companhia, em um tempo em que o carisma e a popularidade do primeiro ator garantem a fluência de público, o principal objetivo do espetáculo.
Procópio Ferreira mantém sua companhia em atividades até o final dos anos 50, resistindo às mudanças que tomam conta da platéia e do palco. Nos anos 60, desfaz a companhia e trabalha como ator convidado em espetáculos.





Referências: História do Brasil - Folha de São Paulo
                     Uma Breve História do Século XX - Geiffrey Blainey
                     Panorama do Teatro Brasileiro - Sabato Magaldi

                                                                                                     

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